quarta-feira, maio 24, 2006

VI Jornadas de Prótese Dentária

Dia 26 de Maio
9hoo - Abertura do Secretariado
9h30 - "Aparelhos Sanders"
Dra. Cláudia Barros
10h00 - "Sistemas Cerâmicos em Prótese Dentária"
Dr. Jorge Pereira
11h30 - Coffee Break
12h00 - Sessão Solene de Abertura
14h30 - "Prótese Combinada, uma solução estética"
Dr. André Sousa
15h00 - "Prensagem Cerâmica sobre Titânio: uma solução económica"
Dr. João Lobo
15h30 - "Higiene e limpeza em prostodontia: uma revisão e actualização de conhecimentos"
Dr. José Alberto Coelho
16h30 - Coffee Break
17h00 - Comunicações Livres
Dia 27 de Maio
9h00 - "Colados en la práctica diária"
Sr. Carlos Baurier
10h45 - Coffee Break
11h00 - "Carrillas feldespéticas"
Sr. Sergio Canals
14h30 - "Planeamento cirúrgico e protético virtual Nobelguide"
Dra. Carina Ramos
15h30 - Implantes Zygoma em função imediata"
Dr. Fernando Duarte
17h30 - Encerramento

terça-feira, maio 23, 2006

Tratado de Bolonha

Muito se tem falado sobre o Tratado de Bolonha, no entanto, junto da comunidade estudantil verifica-se, na maioria dos casos um total desconhecimento e desinteresse pelo assunto, muito por culpa da falta de esclarecimento das entidades envolvidas.
Quero aproveitar o espaço no blog, para tentar esclarecer sobre as principais linhas de acção da Declaração de Bolonha.
Considero ser de vital importância, que todos os alunos tenham conhecimento das possíveis mudanças que poderão ser introduzidas no modelo actual do Ensino Superior, pois somos nós, alunos um dos principais benificiados ou prejudicados com o desenrolar deste processo.
O principal objectivo do Tratado é tornar o ensino homogéneo, tanto no numero de anos de ensino como nos créditos, de forma a permitir a livre circulação de estudantes, professores e profissionais no espaço da União Europeia.
Para que este objectivo seja alcançado, tem que se adoptar um sistema de graus e um sistema de créditos (European Credit Transfer System) de acessível leitura e comparação.
O grau de Bacharelato será extinto. Permanece a grande dúvida, qual o sistema a ser adoptado pelos estabelecimentos de ensino Portugueses?
As opções são a introdução de um sistema de dois ciclos 3+2 ( 3 anos de frequência de pré-graduação + 2 anos de frequência de pós-graduação), 4+1 ou então numa visão mais realista, a coexistência de ambos os sistemas consoante a área científica.
Muitas questões sobre estes sistemas de dois ciclos ainda estão por esclarecer. O aluno após terminar com sucesso o 1º ciclo tem entrada directa no 2º ciclo, ou será adicionado um mecanismo de selecção como exames especiais de admissão ou numeros clausus? Ambos os ciclos devem ser igualmente valorizados e os alunos devem ser livres de escolher se querem continuar ou parar os estudos após o primeiro ciclo.
Aqui surge um grande problema, o facto de a área das Pós - Graduações ser uma área pouco desenvolvida em Portugal. Penso e espero não estar equivocado nem a ser injusto ao afirmar que não temos actualmente no nosso País nenhuma Pós - Graduação exclusiva a licenciados em Prótese Dentária.
Isto vai implicar uma profunda reorganização, não só ao nível das ofertas, como das metodologias de trabalho dos estabelecimentos de ensino.
É assim que deve ser encarado o Processo de Bolonha, um desafio e uma oportunidade para a introdução de reformas importantes no Ensino Superior, pois a grande questão em Portugal não é implementar o Tratado, mas sim adaptá-lo à nossa frágil realidade, ou o que poderia trazer maior mobilidade e competitividade aos estudantes Portugueses, poderá trazer apenas mais dificuldades.
Como podem competir os Estabelecimentos Portugueses num mercado europeu, quando recebem três vezes menos do que a média europeia.
Segundo dados da OCDE, em toda a UE, apenas a Grécia faz um investimento por aluno menor do que Portugal. A Grécia faz um investimento "per capita" de 21 mil euros, contra os cerca de 30 mil euros de Portugal, 41 mil euros da Espanha e 52 mil euros da Holanda. A Suécia é o país que mais investe por aluno com um investimento superior a 54 mil euros.
Também ao nível do investimento em bolsas de estudo o saldo não é muito favorável e ficamos aquém da média europeia. Apenas 6,7% do investimento total no ensino é canalizado para bolsas de estudo, contrastando com os 15% na Bélgica, 20% na Holanda e 33% na Dinamarca que é o país da UE que mais investe em bolsas de estudo.
O modelo de financiamento deve ser repensado. Deverá o valor das propinas ser fixado pelo governo ou pelas instituições de Ensino Superior? O financiamento deve ser dirigido directamente aos estudantes, dando-lhes a possibilidade de escolherem o establecimento de ensino?
São inumeras as questões ainda por esclarecer.
A acção social escolar necessita de uma reestruturação no sentido de lhe conferir um peso e uma importância maior no financiamento do aluno.
A mobilidade dos estudantes na UE tem que ser um direito e não um privilégio como se verifica actualmente.
Espero muito sinceramente ter contribuido para o vosso esclarecimento nesta matéria tão debatida e tão pouco clarificada.
Cordiais Saudações Académicas.

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